Uma pesquisa realizada pelo The New York Times em colaboração com a Sienna College revelou que quase 60% dos americanos desaprovam a maneira como o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está lidando com o conflito entre Israel e o Hamas.
Até o momento, mais de 19 mil palestinos, predominantemente mulheres e crianças, morreram após bombardeios israelenses, enquanto cerca de 1.200 israelenses foram mortos pelo Hamas. A população americana demonstra divisão sobre a abordagem a ser adotada, com 39% apoiando a intensificação do cerco contra os militantes e 44% defendendo que o governo Biden cesse o apoio aos ataques à Faixa de Gaza para reduzir as baixas civis.
Essa complexidade de visões resulta em 57% de reprovação e 33% de aprovação em relação à gestão de Biden no conflito, segundo a pesquisa.
A pesquisa também revela que 46% dos entrevistados acreditam que o ex-presidente Donald Trump teria um desempenho superior ao lidar com a guerra no Oriente Médio. Entre os jovens de 18 a 29 anos, uma parcela significativa condena a postura de Biden, com 49% considerando Trump como uma alternativa em potencial nas eleições de 2024, em comparação com os 43% que apoiam o atual presidente.
A visão negativa em relação a Israel é mais evidente entre os jovens, influenciados por vídeos nas redes sociais. A maioria deles não acredita que Israel leva a sério a paz futura com os palestinos, considera que Tel Aviv mata civis intencionalmente e argumenta que não está fazendo o suficiente para evitar mais mortes de inocentes. Adicionalmente, a maioria é contrária à ajuda econômica e militar adicional a Netanyahu.
A visão da juventude sobre Israel contrasta com a população mais velha, que tende a ser mais pró-Israel. A pesquisa indica que 57% das pessoas de 45 a 64 anos simpatizam mais com os israelenses, número ampliado para 63% entre os entrevistados com 65 anos ou mais. No entanto, os idosos parecem compadecidos com Biden, com 52% de aprovação em sua gestão do conflito, 12 pontos percentuais acima da média geral.
O partidarismo também desempenha um papel significativo, com 76% dos republicanos simpatizando com Israel, especialmente entre os cristãos evangélicos brancos, onde o apoio chega a 80%. Os democratas, por outro lado, não alcançaram um consenso claro, mostrando divisões internas em relação a Israel e aos palestinos.