Bolsonarista foragido por bomba em aeroporto tenta invadir posse com Lula no Paraguai

Atualizado em 15 de agosto de 2023 às 16:38
Wellington Macedo ao lado de Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

O influenciador bolsonarista Wellington Macedo, um dos três réus por tentar explodir uma bomba em um caminhão próximo ao aeroporto de Brasília em 24 de dezembro do ano passado, tentou se credenciar para cobrir a posse do novo presidente do Paraguai, Santiago Peña. O evento ocorreu em Assunção, nesta terça-feira (15), e contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo informações da Folha de S.Paulo, Macedo solicitou uma credencial seis dias antes da cerimônia, como jornalista independente, pelo El Pueblo Podcast. No entanto, ele não chegou a receber o documento porque o governo brasileiro percebeu e avisou as autoridades do Paraguai.

O bolsonarista alega ser inocente e alvo de perseguição. Ele está foragido desde o atentado, após quebrar sua tornozeleira eletrônica e deixar o Distrito Federal.

Ele foi o responsável por transportar a bomba do acampamento golpista até o aeroporto de Brasília em meio aos protestos promovidos por bolsonaristas após as eleições. Macedo não nega que conduzia o veículo que carregava o artefato, mas diz que não sabia da existência da bomba nem do plano para detoná-la.

De acordo com a polícia, a bomba foi preparada pelo empresário George Washington de Oliveira e colocada no caminhão pelo também bolsonarista Alan Diego dos Santos e Sousa.

Os três se tornaram réus em janeiro, após o Tribunal de Justiça do DF aceitar a denúncia do Ministério Público. Apenas Macedo segue foragido.

Durante o governo Bolsonaro, Macedo foi assessor da então ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e hoje senadora Damares Alves (Republicanos-DF), de fevereiro a dezembro de 2019.

Em 2021, ele foi preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) sob a acusação de incentivar atos antidemocráticos no 7 de Setembro daquele ano.

O bolsonarista deixou a prisão 42 dias depois e passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica, inclusive quando se candidatou a deputado federal pelo PTB de São Paulo em 2022, com o slogan “preso político”. O influenciador teve apenas 1.118 votos.

Até o fim de abril deste ano, Macedo estava escondido na fazenda de um produtor rural que conheceu no acampamento golpista em frente ao quartel-general do Exército em Brasília, após a vitória de Lula nas eleições.

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