Bolsonaro acaba com construção de cisternas no Nordeste

Atualizado em 25 de setembro de 2022 às 16:44
Cisterna instalada em Palmeira dos Índios, em Alagoas, no semiárido nordestino. Foto: Beto Macário

Desde a posse do presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2019, o governo federal reduziu os gastos com cisternas. Neste ano, as construções de cisternas foram praticamente paradas. Nos últimos meses, o governo tem executado apenas contratos antigos ou feito cisternas com verbas destinadas por emendas parlamentares.

De janeiro de 2019 até junho deste ano, foram apenas 37,6 mil. O número de equipamentos entregues vem caindo a cada semestre desde 2018. O pequeno número de obras tem relação direta com o baixo nível de investimento federal. Além de colocar menos dinheiro no orçamento, o governo não vem executando os valores previstos. Em 2020, foram orçados R$ 74,7 milhões, mas apenas R$ 2,5 milhões foram executados. Neste ano, apenas R$ 160 mil foram executados.

Conforme publicado pelo portal Uol, para 2023, o Projeto de Lei Orçamentária Anual enviado por Bolsonaro ao Congresso traz um orçamento ainda mais reduzido: R$ 2.283.326, o que paga menos de 500 equipamentos, que custam em média R$ 5.000 entre mão de obra e material.

O Programa Nacional de Apoio à Captação de Água de Chuva e outras Tecnologias Sociais (Programa Cisternas), é financiado pelo Ministério do Desenvolvimento Social desde 2003, e tem como objetivo a melhoria do acesso à água para o consumo humano e para a produção de alimentos por meio da implementação de tecnologias sociais simples e de baixo custo.

No Nordeste, o programa está voltado à estruturação das famílias para promover a convivência com a escassez de chuva, utilizando principalmente a tecnologia de cisternas de placas, reservatórios que armazenam água de chuva para utilização nos oito meses de período mais crítico de estiagem na região.

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