Em matéria, a revista The Economist chama Jair Bolsonaro de “presidente antivacina”. O texto do veículo britânico trata da acusação de crimes contra humanidade do presidente pela CPI da Covid. A revista cita o relatório do colegiado e diz que “é muito mais condenatório do que se esperava”.
“O presidente provavelmente vai escapar de consequências legais”, diz a reportagem. Entretanto, a The Economist lembra que a investigação “vai machucar Bolsonaro”. “Desde que [a CPI] começou em abril, a aprovação do presidente caiu de 33% para 22%”.
Para a revista, o presidente perdeu apoio da classe média e agora aposta em recuperar sua aprovação com brasileiros mais pobres. Entretanto, lembra:
“Mas 14% dos brasileiros estão desempregados, o Banco Central está aumentando as taxas de juros e os preços em alta, mais de 10% no ano passado, isso está afetando os salários. O racionamento de energia, que o governo pode ter que introduzir em breve como resultado da crise global de energia, corroeria ainda mais sua popularidade”.
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Bolsonaro pode ter que “lutar tanto nas eleições quanto contra a prisão”
A revista diz que as acusações da CPI da Covid vão “prejudicar ainda mais a reputação do presidente”. A revista lembra de outras acusações contra Bolsonaro e sua família. “Já estão sendo investigados por espalhar notícias falsas e corrupção, as quais eles negam. Mesmo que as últimas acusações não persistam, no ano que vem Bolsonaro pode estar lutando tanto nas eleições quanto na prisão”, completa.