Bolsonaro convida Tarcísio e outros quatro governadores para a posse de Milei

Atualizado em 22 de novembro de 2023 às 16:18
Os governadores Romeu Zema e Tarcísio de Freitas se cumprimentam ao lado de Bolsonaro. Foto: reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está preparando uma comitiva com diversos políticos de direita para acompanhar a posse de Javier Milei como presidente da Argentina, marcada para 10 de dezembro. Bolsonaro já estendeu convites a cinco governadores brasileiros, consolidando uma comitiva de peso para o evento.

Entre os governadores convidados estão Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG), Jorginho Mello (PL-SC), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e Ratinho Jr. (PSD-PR). Até o momento, Tarcísio e Jorginho Mello confirmaram presença no evento.

Além dos governadores, Bolsonaro será acompanhado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e por assessores próximos, incluindo o ex-secretário de Comunicação (Secom) Fábio Wajngarten.

Em entrevista à coluna da Mônica Bérgamo, da Folha de S.Paulo, Bolsonaro destacou que aceitou o convite de Milei, alegando que sua presença se justifica pela ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na cerimônia. Bolsonaro afirmou: “Se o Lula fosse, ficaria difícil. Mas como o Lula não vai, não deve ir, as coisas ficam mais leves”.

A eleição do argentino anarcocapitalista Milei tem sido celebrada pelo bolsonarismo como uma demonstração da força da direita no continente. Milei conquistou 55,69% dos votos, derrotando o candidato peronista Sergio Massa, que obteve 44,30%.

Logo após a eleição, Milei entrou em contato com Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), convidando-os para a posse. Em contrapartida, não houve contato com Lula durante a campanha, embora tenha se referido ao presidente brasileiro como comunista e atribuindo ofensas, chamando-o de corrupto.

Milei também afirmou que não pretende se reunir com Lula enquanto estiver na presidência da Argentina. O brasileiro, por sua vez, reconheceu rapidamente a vitória do “Ancap” (abreviação de anarcocapitalista), elogiando as instituições argentinas e o povo pela condução do processo eleitoral.

No entanto, o ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta (PT-RS), declarou que Lula só deveria comparecer à posse caso Milei pedisse desculpas a ele.

“Eu não ligaria. Só depois que ele me ligasse para me pedir desculpa. Ofendeu de forma gratuita o presidente Lula, cabe a ele, num gesto como presidente eleito, ligar para se desculpar. Depois que acontecesse isso, eu pensaria na possibilidade de conversar”, afirmou o chefe da Secom.

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