O presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu demitir o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, nesta segunda-feira (28), em meio à pressão devido ao aumento nos preços dos combustíveis e também por diversas críticas feitas pelo governo e pelo Congresso à estatal.
Segundo o O Globo, fontes próximas ao governo federal afirmam que o economista Adriano Pires, especialista do setor de óleo de gás, é o mais cotado para assumir o cargo.
Em um ano, esta é a segunda troca na Petrobras pelo mesmo motivo, o preço dos combustíveis. Roberto Castello Branco, o primeiro presidente da estatal na gestão Bolsonaro, deixou o cargo em fevereiro de 2021, sendo substituído pelo general da reserva Silva e Luna.
Com menos de um ano efetivamente no cargo, o general deixa o posto após o governo federal discordar da política de preço da empresa. Tal política repassa para o mercado interno as variações do dólar e do barril de petróleo. O anúncio da demissão deve ser feito nas próximas horas.
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Guerra na Ucrânia faz preço do combustível disparar
O preço dos combustíveis disparou por conta da guerra na Ucrânia, aumentando a pressão por reajustes no país.
As sanções aplicadas pelo Ocidente à Rússia devido à invasão no país vizinho fizeram o barril de petróleo disparar. Agora, o valor já voltou ao nível pré-guerra. Mas, esse aumento fez a Petrobras anunciar uma alta de 18,77% na gasolina e de quase 25% no óleo diesel, causando insatisfação generalizada no governo e no Congresso.