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A ONG “Conectas Direitos Humanos” denunciou na Organização das Nações Unidas (ONU) o uso de comunidades terapêuticas pelo governo federal para lidar com o abuso de drogas. Segundo o Metrópoles, o grupo apontou que essas comunidades têm “diversas denúncias sobre trabalho forçado, tortura e maus tratos”.
“Há anos que a política pública voltada para as pessoas que usam drogas no Brasil tem sido baseada na privação de liberdade, seja pela criminalização de pessoas que usam drogas, negras e pobres, seja por internações em comunidades terapêuticas”, diz o documento registrado nesta sexta-feira (25) na ONU.
“Investimentos em equipamentos de saúde e na rede de atendimento psicossocial vêm sendo reduzidos, enquanto o repasse de recursos a comunidades terapêuticas, que não pertencem ao sistema de saúde ou assistência social, tem aumentado”, destacou a ONG.
Comunidades terapêuticas são locais onde as pessoas com dependência química são internadas. Esses lugares, muitas vezes, têm vínculos religiosos.
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ONG diz que não é claro o trabalho realizado em Comunidades Terapêuticas

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Segunda a Conectas, o problema é que “não há clareza sobre o tipo de trabalho que é realizado por essas entidades, não há comprovação da eficácia da metodologia de tratamento e nem tampouco mecanismos transparentes de controle e avaliação”.
“Pedimos ao governo do Brasil que adote uma abordagem de direitos humanos em sua definição de políticas sobre drogas. É urgente uma discussão aprofundada e democrática sobre o financiamento público das comunidades e seu papel na política brasileira de atenção às pessoas com uso problemático de drogas”, concluiu a ONG.
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