Bolsonaro deu ordem para registrar joias apreendidas como “acervo privado”

Atualizado em 9 de março de 2023 às 19:54
As joias da Arábia Saudita e o ex-presidente Jair Bolsonaro

No mesmo dia em que mandou um militar até o Aeroporto de Guarulhos (SP) para retirar as joias apreendidas pela Receita Federal, Jair Bolsonaro determinou que os itens fossem cadastrados no sistema federal como “acervo privado”. O conjunto, avaliado em R$ 16,5 milhões, era um presente para Michelle, mas o ex-presidente o queria para ele. A informação é do Estadão.

A caixa com itens que entraram ilegalmente no país (relógio, caneta e outros itens de ouro) já estava cadastrada no sistema do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica, mas faltava catalogar as joias apreendidas.

A ordem ocorreu numa quinta, 29 de dezembro de 2022, a apenas dois dias para o fim do mandato de Bolsonaro e um dia antes do ex-presidente e da ex-primeira-dama embarcarem para os Estados Unidos. No Palácio do Planalto, o então mandatário já havia mandado adiantar o cadastro das joias que ainda estavam retidas nos cofres da Receita.

O pedido de cadastramento partiu de Mauro Cid, chefe da Ajudância de Ordens da Presidência. O procedimento cabia ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica.

O caso é investigado pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF).

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