Bolsonaro engavetou relatório da CGU que não encontrou fraude nas eleições

Atualizado em 1 de fevereiro de 2023 às 11:15
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Foto: Reprodução

O relatório da Controladoria Geral da União (CGU) de 1º de dezembro do ano passado, feito por ordem do governo Bolsonaro, concluiu que “não foram verificadas inconsistências no sistema eletrônico de votação” durante o pleito de 2022, que deu a vitória ao presidente por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, obteve o relatório via Lei de Acesso à Informação (LAI). Nem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e nem a CGU divulgaram o documento. Vale destacar também que o relatório não é assinado por ninguém.

“No âmbito de atuação da CGU como entidade fiscalizadora, considerando o escopo de ação definido pela Controladoria e os instrumentos de fiscalização disponíveis na Resolução TSE nº 23.673/2021 (que trata dos procedimentos de fiscalização e auditoria do sistema eleitoral), não foram verificadas inconsistências no sistema eletrônico de votação entre as situações previstas e as verificadas pelas equipes”, diz o relatório.

O ex-presidente ainda insiste em contestar a confiabilidade do sistema eletrônico de votação mesmo sabendo da conclusão do relatório feito pela CGU, no qual destaca que não havia provas de fraude ou irregularidades na eleição do último ano.

Apesar de reconhecer que não encontrou irregularidades, a CGU faz críticas ao modelo. O órgão aponta que houve a falta de divulgação do projeto piloto aos eleitores, com ausência de banners informativos nas entradas dos locais de votação ou entrega dos folders a um número restrito de eleitores, e não a todos, o que teria contribuído para a “baixa adesão à iniciativa”:

“A despeito das observações e oportunidades de melhoria no processo, e levando-se em consideração as condições em que foram realizados os testes, não foram identificadas inconsistências ou inconformidades na contagem de votos decorrente da comparação entre os Boletins de Urna e o sistema paralelo de votação.”

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