O ministro da Justiça, Anderson Torres, foi escalado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para colocar nas ruas, neste domingo (30), o plano da campanha bolsonarista envolvendo o uso político da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que é subordinada ao ministro.
Torres passou a última semana antes do segundo turno em contato com assessores do presidente e tem proximidade com Fabio Wajgarten, coordenador da campanha de Bolsonaro, além de ter estado com o candidato à reeleição na quarta-feira (26), no Palácio da Alvorada.
A PRF, que é considerada uma das polícias que mais apoia Bolsonaro, fez hoje uma série de operações pelo país focadas no transporte público, atrasando os eleitores a chegarem nos locais de votação. As operações aconteceram especialmente nas regiões em que Lula é mais forte.
A campanha do petista já tinha a informação, desde sexta-feira (28), de que a PRF, comandada por Silvinei Vasques, que declarou publicamente apoio a Bolsonaro, preparava uma operação que poderia interferir na disputa presidencial.
Segundo o g1, Torres foi informado a respeito do mapa eleitoral do país durante as reuniões de campanha com outros assessores de Bolsonaro.
Essas operações haviam sido proibidas pela Justiça Eleitoral no sábado (29), mas a medida foi descumprida pela PRF. O PT chegou a pedir há pouco a prisão de quem não cumprir a determinação. O partido de Lula também pediu a prorrogação do prazo de votação.