Bolsonaro escangalhou o Brasil. E vai continuar escangalhando. Por José Cássio

Atualizado em 3 de março de 2021 às 15:18
Enquanto o país agoniza, Bolsonaro envia ministro para conhecer um spray ‘milagroso’ em Israel

Enganam-se aqueles que imaginam que o sistema de saúde brasileiro não está à beira de um colapso. O colapso já se instalou.

Basta ver o que dizem os especialistas.

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A Fiocruz, por exemplo, divulgou que o país vive a conjunção de duas crises – algo inédito em nossa história: a social, agravada pela queda da atividade econômica, e a sanitária, ainda mais grave, com mortes e sobrecarga nos hospitais.

Neste momento, 19 estados estão com ocupação acima de 80% nos seus leitos de UTI.

Técnicos tanto da Fiocruz como do Instituto Butantan alertam para a necessidade de medidas preventivas mais duras, notadamente de isolamento social.

Também alertam para o perigo da flexibilização de atividades consideradas essenciais.

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O país já passou de 257 mil mortos pela covid (1.726 apenas na terça, 2) e o presidente continua sabotando todas as iniciativas de prevenção.

Com apenas 3,36% da população vacinada com a primeira dose, Bolsonaro está enviando uma comitiva a Israel, chefiada pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, para conhecer um spray que “parece um produto milagroso”.

A média de mortes já está há 41 dias acima de 1.000.

E até agora não se vê nenhuma medida concreta do governo no sentido de comprar e distribuir imunizantes.

Pessoas estão morrendo aos milhares por falta de vagas em hospitais, não há vacinas, falta governo.

Bolsonaro escangalhou o Brasil. E vai seguir escangalhando. Até quando?

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