O Bolsonaro vetou o Fundão Eleitoral nesta sexta (20) e jogou no colo do Congresso a responsabilidade de vetar o veto dele. O presidente não é contra os R$ 5,7 bilhões, mas optou por escutar a base eleitoral. Agora ele e os políticos bolsonaristas torcem por uma “contra-ataque” da Câmara.
O aumento de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões não pegou bem em vários setores. Até bolsonaristas ficaram irritados. Não por acaso, Carla Zambelli e companhia precisaram criar desculpas para justificar o voto favorável. Então os pedidos eram que o chefe do Executivo vetasse.
O centrão – quem mais se beneficia com o Fundão – tinha total convicção que o valor não seria vetado. O entendimento é que Bolsonaro quer se agarrar ao poder e tem feito tudo o que os políticos de centro determinam. Só que desta vez foi diferente.
Bolsonaro escutou seu eleitorado e vetou o Fundão de R$ 5,7 bilhões. Mas sem convicção. Apenas jogou para galera. Ele aposta que o Congresso vai vetar o seu veto. Desta forma, quando tocarem no assunto, ele jogará a culpa nos candidatos “invisíveis”.
Candidatos “invisíveis” são aqueles parlamentares que não possuem mídia. Ou seja, não serão cobrados por eleitores sobre o assunto. Já o presidente é uma espécie de “janela” e essa “pedra” seria jogada contra ele. Por isso, escolheu não correr o risco.
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Bolsonaro e sua aposta no Fundão
Então o teatro do presidente é que o Congresso siga com o plano de aumentar o Fundão. Ele também trabalha com a possibilidade de negociar um valor menor para o Fundo Eleitoral.
Fato é que o chefe do Executivo e seus aliados bolsonaristas torcem pelo aumento de qualquer jeito. Visando 2022, eles querem muito dinheiro para as campanhas. Se o Congresso se sentir pressionado e mantiver os R$ 2 bilhões, é muito provável que o governante brasileiro entre em desespero.