Com Bolsonaro, preço do gás de cozinha triplicou em relação ao governo Dilma

Atualizado em 11 de março de 2022 às 13:51
Com Bolsonaro, preço do gás de cozinha chega ao extremo desde governo Dilma
Foto: Reprodução/O Globo

A alta do gás de cozinha tem sido um item na lista de preocupações dos brasileiros desde que o presidente Jair Bolsonaro (PL) assumiu o governo. Levantamento feito pelo DCM mostra que o buraco acaba sendo ainda mais em baixo. O país vê o preço do botijão de 13 quilos atingir números astronómicos desde o golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT).

Em dezembro de 2015, meses antes do golpe, o GLP custava em média R$ 54,07, o que equivale a 6,8% dos R$ 788,00 de salário mínimo da época, segundo percentual mais baixo, perdendo apenas para junho do mesmo ano. Quase 7 anos depois, esse percentual equivale atualmente a 11,1%, com o o irem podendo chegar a R$ 135,00 com o novo reajuste e o salário mínimo a R$ 1.212,00. Sendo assim, há um aumento de 149% neste período.

Nos cinco anos anteriores ao golpe de 2016, quando a presidenta era Dilma, o valor real do gás praticamente não mudou, sendo corrigida apenas a inflação. No período (janeiro de 2011 a maio de 2016) o botijão aumentou nominalmente de R$ 38,34 para R$ 53,38, o que, descontado a inflação, representou uma redução total de 7,1%, ou 0,1% médios ao mês.

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Desde janeiro de 2019, início da gestão Bolsonaro, o preço do GLP aumentou 94%. A reportagem fez uma pesquisa que apontou o valor da gás de cozinha em dezembro de 2018, último mês antes de Bolsonaro assumir.

Nas refinarias, o crescimento é ainda pior e de acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a gasolina e o gás de cozinha subiram cinco vezes mais que a inflação oficial no período. O valor do diesel subiu quatro vezes. No gás de cozinha, a alta foi de 100,1% %, e no diesel, de 95,5%. Já a gasolina teve reajuste de 116%, ante uma inflação de 20,6% no período.

A culpa da elevação é claramente da gestão de preços adotada pela Petrobras a partir de outubro de 2016, por ordem de Michel Temer, e mantida por Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes. A chamada política de preço de paridade de importação (PPI) faz com que o valor do gás (e da gasolina e do diesel) seja alterado de acordo com o preço internacional, estabelecido em dólar.

O novo aumento de combustível e gás de cozinha

Na última quinta (10), a Petrobras anunciou novos reajustes nos preços do GLP, gasolina e diesel. O aumento entrará em vigor a partir desta sexta (11). Nas distribuidoras, o preço médio do quilo do gás de cozinha passará de 3,86 reais para 4,48 reais.

Já a gasolina passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 o litro, um aumento de 18,77%. O diesel também sofreu reajuste. O preço médio do litro passará de 3,61 reais para 4,51 reais, alta de 24,9%. É aqui que o DCM se baseou nos cálculos.

“Após 57 dias sem reajustes, a partir de 11/03/2022, a Petrobras fará ajustes nos seus preços de venda de gasolina e diesel para as distribuidoras”, afirmou a empresa em comunicado.

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