Cientista político Rudá Ricci escreve sobre o desastre do novo pronunciamento de Jair Bolsonaro (sem partido) na ONU em Nova York. Ele comenta a repercussão internacional.
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Bolsonaro na ONU
Ontem o mundo teve certeza do que é feito o governo Bolsonaro. Não temos mais como esconder o rabo: somos o pior país do planeta, governado pelo mais incompetente e despreparado grupo de brasileiros.
O discurso mentiroso de Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU (5 mentiras comprovadas e 6 distorções de dados da realidade) revelou o quanto o atual governo não tem a menor ideia do que é Estado e ONU, acreditando que se tratou de uma visita ao bar da esquina de casa.
A vergonha foi ainda maior com o anúncio de dois membros da comitiva brasileira acometidos pelo Covid19. A única delegação infectada. Há real possibilidade de nosso país ser responsabilizado pela contaminação de outras delegações. Uma irresponsabilidade estampada em todos jornais da imprensa internacional.
A tragédia brasileira, o pior país do mundo neste momento, continua.
Vejam a notícia que é veiculada na grande imprensa brasileira. O médico negacionista Anthony Wong morreu de Covid-19, embora não tenha sido registrado pelos médicos do hospital da Prevent Senior A família divulgou que o médico foi hospitalizado com queda de pressão e mal-estar, mas evoluiu para fortes alterações no ritmo cardíaco e depois sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu, e no atestado de óbito, não há qualquer menção à morte por Covid. O médico Wong, bolsonarista das redes sociais, desprezava a pandemia e a vacinação.
A vergonha e a exposição do Brasil à execração pública mundial tem que acabar e os responsáveis por transformar nosso país nesse desastre têm que pagar. Pagar caro para que nenhum jovem brasileira acredite que o erro compensa, que não temos um país sério, que aqui, qualquer aventureiro pode fazer o que bem entende.
Basta! Chegamos ao descrédito internacional que gerará ainda mais perda de investimentos e discriminação de brasileiros no exterior. Seremos reconhecidos como parte de um povo doente, como os alemães, por algum tempo, foram confundidos com as loucuras de Hitler.