O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) interveio para tentar retomar o jogo do Brasil X Argentina, segundo informações do Clarín.
O jornal disse que o “escandaloso clássico” alcançou “as mais altas esferas da política dos dois países”.
“Jair Bolsonaro interveio pessoalmente em meio à confusão e tentou, sem sucesso, reiniciar a partida”, apontou o veículo.
“A seleção argentina – que antes da partida contava com o apoio da Conmebol – retirou-se para o vestiário, numa imagem que percorreu o mundo e que ficará na memória. Imagem também seguida de perto por Jair Bolsonaro”, diz outro trecho.
Segundo o que fontes diplomáticas informaram ao Clarín, o mandatário se comunicou pessoalmente com a Confederação Brasileira de Futebol e buscou garantir que os jogadores argentinos não teriam problemas.
O apelo do presidente teria ocorrido quando os atletas da Argentina já estavam nos vestiários, com o jogo suspenso, e a comunicação não foi bem sucedida.
O jornal também destacou o ataque de Flávio Bolsonaro, que chamou argentinos de “malandros” por burlarem regras sanitárias.
Argentinos deram de malandros. Sabiam que estavam burlando a lei brasileira, impediram a Anvisa de autua-los e, na marra, escalaram os 4 oriundos da Inglaterra.
PF tem que investigar quem não tomou providências antes do jogo e Argentina deveria ser severamente punida.— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) September 5, 2021
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Ação da Anvisa
Antonio Barra Torres, diretor-presidente da Anvisa, disse que argentinos descumpriram “determinação clara” de quarentena e deportação. A declaração foi dada neste domingo (5), em entrevista para BandNews FM. O jogo entre Brasil e Argentina pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo foi suspensa.
A PF e a Anvisa interromperam o jogo de futebol entre Brasil e Argentina. Jogadores argentinos são suspeitos de desrespeitar regra de quarentena por terem vindo do Reino Unido na pandemia. A CBF havia autorizado o jogo.
“Nós fizemos nosso papel. Assim que foi constatado que eles omitiram ter estado na Inglaterra, foi ordenada a quarentena e deportação deles do país. A Anvisa tem poder de polícia do Estado para assuntos sanitários”, afirmou Antonio Barra.