De novo: Bolsonaro culpa Petrobras pelo o aumento dos combustíveis

Em transmissão feita nesta quinta-feira (17), o presidente Jair Bolsonaro (PL), ao se pronunciar sobre o reajuste no preço dos combustíveis, sugeriu que a justiça cobrasse respostas à Petrobras. Segundo ele, a culpa não é do seu governo, e sim da estatal, que, de acordo com o mesmo, é “independente”.

“Deixar claro para a Justiça brasileira… Por favor, eu não tenho ascendência sobre a Petrobras. Se eu quiser hoje trocar o presidente da Petrobras, eu não posso trocar. Se eu quiser hoje trocar o diretor da Petrobras, eu não posso trocar. A Petrobras é praticamente independente”, disse o presidente na live em suas redes sociais.

O líder brasileiro apesar de reconhecer que os preços dos combustíveis estão altos, comparou os valores com as taxas mundiais e alegou que os do Brasil estão “num valor bem abaixo da média”. As falas do presidente surgem depois de cobranças feitas no dia 11 de março, onde Flávia de Macêdo Nolasco, juíza da 9ª Vara Federal de Brasília, determinou que a petroleira e o governo esclarecessem o que havia motivado a mudança.

“Então, cobrem da Petrobras. Isso daí é uma boa ação por parte de vocês [Justiça]. Então cobrem de quem é de direito. Não de mim, porque, se eu tivesse poderes, obviamente, poderia sugerir coisa à Petrobras e, em comum acordo, discutindo, acertaríamos muita coisa lá, visando sempre a produtividade em consequência da diminuição do preço dos combustíveis”, complementou Jair.

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Em resposta ao aumento dos combustíveis Bolsonaro planeja demitir diretores da Petrobras

Antes do anúncio sobre o aumento no preço dos combustíveis, Bolsonaro já falava sobre a possibilidade de isso acontecer. Após o comunicado feito pela estatal, o presidente reagiu de forma aversiva e criticou a postura da empresa, jogando sobre ela a responsabilidade. Até o momento, mesmo depois de cobranças da justiça, não é possível identificar a fonte precisa da mudança nos preços.

Em descontentamento, Bolsonaro buscou demitir o presidente da petroleira,  Joaquim Silva e Luna. Em forma de pressão Jair tentou forçar para que Luna desistisse, mas o militar segue no cargo. Agora, depois de inúmeras tentativas, o governante foca nos diretores da empresa, principalmente os que mais apoiam o reajuste.

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