Bolsonaro jogou apoiadores “na fogueira” e “foi para Miami”, diz Gilmar sobre o 8/1

Atualizado em 11 de março de 2024 às 22:53

Em declaração à GloboNews, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) expressou sua oposição à anistia dos presos pela invasão às sedes dos Três Poderes em janeiro de 2023.

Mendes destacou que o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus seguidores têm defendido a anistia, especialmente após o ato ocorrido na Avenida Paulista, em 25 de fevereiro.

“Muitos imputam ao ex-presidente uma falta de solidariedade. Ele jogou essa gente na fogueira e foi para Miami”. Ele ressaltou que, em sua visão, o pedido de anistia é uma estratégia bolsonarista para mobilizar seu establishment político, não para os autores intelectuais, mas para os indivíduos menores envolvidos nos acontecimentos.

Walter Braga Neto ao lado de Jair Bolsonaro. Foto: Divulgação

O ministro enfatizou a seriedade das acusações e defendeu a punição dos radicais e organizadores dos atos golpistas, incluindo o ex-ministro e vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022, Walter Braga Neto. Ele revelou que, embora as investigações da Polícia Federal sobre supostas reuniões para planejar um golpe de Estado não tenham sido concluídas, o STF suspeitava de que “algo estava acontecendo” na época.

Gilmar Mendes ressaltou que os atos de 7 de Setembro anteriores foram extremamente graves e agressivos, sugerindo que esses eventos indicavam o que estava por vir. Ele indicou que a Corte suspeitava de que algo negativo estava sendo gestado quando apoiou o inquérito das fake news em 2019, antecipando possíveis ameaças à democracia.

Sobre o evento na Avenida Paulista, Mendes considerou-o uma tentativa de manter os aliados do ex-presidente ativos. Ele mencionou que o advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, o procurou para garantir que os discursos do protesto seriam pacíficos.

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