Bolsonaro ficou apavorado ao receber pesquisas internas e ver a liderança isolada do ex-presidente Lula. Durante alguns dias, o chefe do executivo federal passou a apostar no plano do Centrão. O pedido dos líderes do PP, Republicanos e PL foi que o governante fosse moderado, falando sobre economia e de seus projetos.
Conforme apurou o DCM, o discurso do Centrão não obteve resultado e o presidente viu o petista crescer. Tanto que Lula tem grandes chances de vencer no primeiro turno em 2022. Além disso, Sergio Moro entrou no jogo e passou a roubar votos de Bolsonaro.
Por conta disso, ele começou a ser pressionado pela ala ideológica. Durante um tempo, o ex-capitão das Forças Armadas resistiu e seguiu a cartilha dos líderes de centro. Não por acaso, criticou fake news de apoiadores no cercadinho e afirmou que “era do Centrão”.
Mas agora ele resolveu voltar para a base “raiz” e desde o começo da semana tem atacado as instituições. O Supremo Tribunal Federal, por exemplo, já recebeu diversas alfinetadas do presidente.
Sergio Moro e João Doria não fugiram da sua fúria. Os dois nomes da terceira via foram detonados por Bolsonaro. E o Partido dos Trabalhadores também entrou na mira do governante.
“Ele resolveu dobrar a aposta. Agora vai seguir o caminho que o levou para a presidência: o radicalismo. O pessoal no Congresso tem até dito que ser golpista dá mais voto com os bolsonaristas. Então agora ele vai para o tudo ou nada”, explicou um deputado da base aliada.
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Bolsonaro não tirou o “PT” da boca
Na live da última quinta (9), ele citou o PT ou o nome de Lula seis vezes. Inclusive, acusou o ex-presidente de ser o responsável pelos altos preços dos combustíveis. A tendência é que o radicalismo ganhe mais força nos próximos dias.
Conforme revelou o DCM, o chefe do executivo federal pretende usar o nome de Celso Daniel contra o Lula. Todo esse desespero tem um motivo. A última pesquisa interna do PL, o petista apareceu com 52% dos votos válidos. Bolsonaro tinha apenas 22%.
Por Daniel César e Naian Lucas Lopes
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