Bolsonaro perde e vereadores de Araraquara negam impeachment de prefeito Edinho Silva

Atualizado em 3 de agosto de 2021 às 18:11

Vereadores da cidade paulista de Araraquara, por 13 votos a quatro, rejeitaram o requerimento de investigação e cassação do mandato do prefeito Edinho Silva (PT), em sessão da Câmara Municipal realizada nesta terça (3).

LEIA – Edinho Silva diz que ataque dos Bolsonaro a Araraquara é porque “defendemos ciência e medicina”

Esse pedido de impeachment teve como base denúncias de supostas irregularidades na aquisição de respiradores durante a pandemia. O requerimento, assinado por Wagner Tadeu Silva Prado, o Cel. Prado (Podemos), que concorreu a vice-prefeito nas eleições de 2020, foi protocolado na segunda-feira 2, com a presença do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

LEIA MAIS – Edinho Silva x Jovem Pan: prefeito de Araraquara desmonta mentiras

Votaram a favor do requerimento Marchese da Rádio, Carlão do Joia e Marcos Garrido, os três do Patriotas, e Lineu Carlos de Assis, do Podemos.

Vereador Paulo Landin (PT) chamou o pedido de impeachment de “tentativa de 3º turno” pela chapa derrotada nas eleições municipais. Salientou ainda que há uma Comissão Especial de Inquérito na Câmara para investigar a mesma denúncia e denominou de “invasão” a entrada do grupo que protocolou o pedido. Já a vereadora Luna Meyer (PDT) disse que o requerimento era “patético” e promovia uma bandeira política para as próximas eleições.

O presidente da Câmara, Aloísio Boi (MDB), afirmou se sentir desconfortável em presidir a sessão, que ele considerou um desrespeito à Câmara, uma vez que uma comissão já investiga a denúncia. Chamou ainda de “baderna” a apresentação do pedido na segunda-feira, considerada por ele um desrespeito aos vereadores, que não tiveram tempo de analisar o pedido que, obrigatoriamente, deveria ser votado nesta terça. Vereadores Lucas Greco (PSL) e Guilherme Bianco (PCdoB) também ressaltaram que há uma comissão na Câmara, além de investigações sendo realizados pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas da União.

Com informações de Marina Verenicz na CartaCapital.