O presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou enquadrar o aplicativo WhatsApp nesta quarta-feira (27), mas recebeu um “não” de representantes da empresa. Em uma reunião com representantes do aplicativo, no Palácio do Planalto, os executivos afirmaram que o lançamento da ferramenta Comunidades só irá ocorrer no Brasil depois da realização das eleições. O recurso permitirá que mensagens enviadas pelo celular cheguem a milhares de pessoas de uma só vez.
O chefe do Executivo vinha comprando o WhatsApp desde o dia 15 deste mês. O governo bolsonarista considera as redes sociais como crucial para enfrentar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de outubro.
Em nota, o WhatsApp informou, após o encontro com o presidente, que “A implementação da funcionalidade no Brasil ocorrerá somente após o período eleitoral. É importante ressaltar que a decisão sobre a data de lançamento deste recurso no Brasil foi tomada exclusivamente pela empresa, tendo em vista a confiabilidade do funcionamento do recurso e sua estratégia de negócios de longo prazo. Essa decisão não foi tomada a pedido nem por acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”.
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse que Bolsonaro “entendeu completamente” a decisão do aplicativo. “Sendo decisão da empresa, é do mercado, então não tem por que nem como o Executivo interferir”, afirmou o ministro. “A reação do presidente foi porque ele achava que tinha acordo, mas acordo não existiu. Para o presidente, a situação está completamente saneada”, completou.
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