Bolsonaro perdeu por 58% a 42% batalha na rede sobre ação da PF, diz Quaest

Atualizado em 9 de fevereiro de 2024 às 8:50
Bolsonaro perdeu por 58% a 42% batalha na rede sobre ação da PF. Foto: Divulgação

Por Leonardo Sakamoto

Jair Bolsonaro (PL) foi criticado em 58% das mensagens em redes sociais que trataram da operação da Polícia Federal que cumpriu, nesta quinta (8), mandados de busca e apreensão e de prisão em meio à investigação sobre uma organização criminosa que tentou um Golpe de Estado. Outros 42% defenderam o ex-presidente.

Os dados foram coletados e analisados ​​pela Quaest ao longo de ontem dia transcorria a operação e seus primeiros desdobramentos.

De acordo com Felipe Nunes, diretor do instituto de pesquisa, o assunto atingiu 56 milhões de contas em redes sociais, à frente de operações como a da Abin contra o vereador Carlos Bolsonaro , a que tratava da falsificação dos cartões de vacina, o escândalo das joias surrupiadas e da delação de Mauro Cid.

O alcance ficou para trás apenas em 8 de janeiro de 2023, dia dos atos golpistas em Brasília.

Segundo a Quaest, a esquerda celebrou a operação, bombeando expressões como “Bolsonaro na cadeia”, debochando dos alvos, como no uso do jargão “toc toc”, e fazendo piadas com os alvos da investigação, incluindo os generais e outros militares.

Já a direita centrou o foco na narrativa de perseguição política contra a oposição e fez críticas ao Poder Judiciário, principalmente Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, que autorizou a operação.

Vale lembrar que a população está dividida a respeito da responsabilidade de Jair Bolsonaro pelas ações golpistas após sua derrota para Lula no segundo turno das eleições de 2022.

Na última pesquisa Question sobre a percepção a respeito dos atos golpistas de 8 de janeiro, divulgada no mês passado, 47% dos entrevistados acreditaram que Bolsonaro teve influência sobre o ocorrido, contra 43% que pensaram o contrário, um empate técnico considerando a margem de erro.

Quase um ano antes, em fevereiro de 2022, eram 51% e 38%, respectivamente, mostrando que o tempo está diluindo a percepção sobre a responsabilidade de Jair.

Originalmente publicado no UOL
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