Bolsonaro planeja deixar militares sem comando para a posse de Lula

Atualizado em 2 de dezembro de 2022 às 20:00
Jair Bolsonaro e militares
Foto: Sergio Lima/AFP

Recluso desde a derrota nas eleições, Jair Bolsonaro (PL) planeja deixar o Exército, a Marinha e a Aeronáutica sem comando na posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os comandantes das três forças sinalizaram que devem deixar os postos neste mês, ainda com Bolsonaro na Presidência. Lula, então, foi forçado em apressar a seleção do ministro da Defesa e teria escolhido José Múcio Monteiro.

O papel principal do futuro ocupante da pasta da Defesa, no primeiro momento, será a substituição dos comandantes. Caberia a Bolsonaro, ainda na posição de presidente, efetivar as trocas. No entanto, ele pretende não fazer nada.

No último dia 24, Bolsonaro reuniu-se no Alvorada com os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Ele também participou de encontro com o general Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente na sua chapa. O teor da conversa não foi divulgado.

O nome de José Múcio, um dos favoritos para o cargo, foi bem recebido pelos militares, inclusive entre os bolsonaristas. Para evitar mais problemas, Lula desistiu de debater com a transição a política de Defesa e cancelou a instalação do grupo de trabalho que trataria do tema em razão da resistência dos comandantes das Forças Armadas ao novo governo.

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