Jair Bolsonaro disse nesta quinta (28) que pretende fazer alterações na política de preços da Petrobras. A declaração foi feita na live transmitida pelo presidente nas redes sociais. Atualmente, os preços dos combustíveis são atrelados ao câmbio e ao preço do barril de petróleo no mercado internacional.
“A Petrobras é obrigada a aumentar o preço porque ela tem que seguir a legislação. E nós estamos tentando aqui buscar maneiras de mudar a lei nesse sentido. Porque não é justo viver em país que paga tudo em real. É um país praticamente autossuficiente em petróleo e tem o preço do seu combustível aqui atrelado ao dólar. Realmente ninguém entende isso”, comentou.
Em 2016, Temer determinou que a estatal adotasse o preço da paridade de importação. Tendo alinhamentos dos preços praticados pela Petrobras ao mercado internacional.
Como há grande desvalorização do real frente ao dólar, tem ocorrido aumentos sucessivos no valor dos combustíveis.
A transmissão ao vivo aconteceu duas horas mais cedo da sua faixa habitual. Bolsonaro viaja no começo da noite para a Itália. Ele participará da Cúpula de Líderes do G-20. Grupo que reúne os 19 países mais ricos do mundo e a União Europeia.
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Bolsonaro e a Petrobras
O presidente seguiu falando sobre a Petrobras. “Ninguém vai quebrar contrato, ninguém vai quebrar nada. Falei para o Paulo Guedes botar a Petrobras no radar de uma possível privatização, porque se é uma empresa que exerce o monopólio, ela tem que ter o seu viés social no bom sentido”, disparou.
“Ninguém quer o dinheiro da Petrobras para nada, queremos que a Petrobras não seja deficitária, obviamente, invista também em gás, não apenas em outras áreas. Então, a gente quer uma Petrobras voltada para isso, mas carecemos de mudança de legislação, que passa pelo Parlamento. Repito: ninguém vai quebrar contrato, ninguém vai inventar nada. Mas tem que ser empresa que dê lucro não muito alto, como tem dado. Porque além de lucro alto para acionistas, a Petrobras está pagando dívidas bilionárias de assaltos que ocorreram há pouco tempo na empresa, como aquelas três refinarias que não foram feitas”, acrescentou.
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