Bolsonaro quer usar PF contra adversários: “Vai falar que combate a corrupção”

Atualizado em 15 de dezembro de 2021 às 22:47
Bolsonaro e a PF
Opositores estão preocupados com o fato de Bolsonaro querer usar a PF

Bolsonaro venceu as eleições de 2018 com a promessa de acabar com a corrupção Com o passar do tempo, os brasileiros perceberam que tudo não passava de uma grande “lorota”. Só que o presidente usará o mesmo argumento em 2022 para tentar manter boa parte dos seus eleitores.

Conforme apurou o DCM, uma das suas estratégias é utilizar a Polícia Federal para seu plano eleitoreiro. Em conversas com parlamentares, a instrumentalização da PF contra Ciro Gomes é só uma prova do objetivo do Palácio do Planalto. Pelo menos é o pensamento de um grupo de deputados e senadores.

“É uma questão orquestrada. O bolsonarismo quer usar a PF para perseguir adversários. Não importa qual a ideologia. O primeiro alvo foi o Ciro, mas já há planos para outros. Lula, Alckmin, Doria e até o Moro estarão na mira. Todo cuidado é pouco a partir de agora”, opinou um deputado opositor.

“Repare que os bolsonaristas fieis pegaram notícias da ação da Polícia Federal para atacar o Ciro. Tudo orquestrado. Não estou entrando no mérito se o Ciro e o Cid são culpados ou inocentes. Mas é muito estranho isso ocorrer oito anos depois da construção do estádio. Parece uma atitude política”, comentou uma senadora de centro-direita. Mas que é opositora do presidente.

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Bolsonaro e a PF

Conforme apurou o DCM, Bolsonaro quer que grandes operações sejam feitas pela Polícia Federal. Ele tem como intenção falar para seus eleitores que seu governo enfrenta corruptos. “Ele vai falar que combate a corrupção”, comentou um parlamentar.

“É a grande estratégia e agora é o momento de todos se posicionarem. Os democratas precisam estar juntos e não alimentar essa maluquice. Vai ter corrupto que se beneficiará desta história? Com certeza. Mas agora está impossível saber quem é ladrão e quem é perseguido. Precisamos trazer a democracia de volta. O Brasil não vive numa democracia plena mais. E o Bolsonaro vai perseguir inimigos, não importa de qual lado esse inimigo esteja. Hoje foi o Ciro, amanhã será o Doria, depois o Lula, depois o Moro e assim vai”, declarou um deputado de esquerda.

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