Jair Bolsonaro (PL) tem expressado temores em relação a uma possível prisão pela Polícia Federal (PF), embora continue afirmando não ter cometido qualquer crime. O ex-presidente está convencido de que, mesmo mantendo sua “inocência”, a “perseguição implacável” que enfrenta poderia eventualmente levá-lo à detenção. Essas informações foram trazidas pela coluna de Paulo Capelli, no Metrópoles.
“Quando o Brasil se torna uma Venezuela, qualquer coisa pode acontecer”, desabafou Bolsonaro em uma conversa com seus familiares.
Apesar disso, o ex-presidente acredita que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, não tomará nenhuma medida “apressada” ou desprovida de sólido embasamento, especialmente no que se refere à possibilidade de condenação por crimes alegados.
Bolsonaro está convencido de que apenas em caso de interferência direta nas investigações por parte dele próprio é que o STF consideraria medidas mais drásticas. Ele tem tomado precauções para evitar dar ao Judiciário qualquer motivo para tal interpretação.
De acordo com o colunista, os aliados do ex-presidente também estão destacando que a esquerda, que considera ter sido prejudicada pela Operação Lava Jato, parece estar “aplaudindo” o mesmo método que antes a atingiu. Para fundamentar essa alegação, eles citam prisões de assessores de Bolsonaro e a apreensão de celulares, ordenadas no âmbito de um inquérito que visa um suposto esquema fraudulento ligado aos cartões de vacinação.
Segundo essa perspectiva, as prisões estariam sendo usadas como pressão sobre os colaboradores do ex-capitão para que eles denunciem alegados crimes do ex-presidente. Já as apreensões teriam o objetivo de realizar uma análise profunda na busca por mensagens comprometedoras que se refiram a assuntos não relacionados à investigação inicial.
A defesa de Bolsonaro, por sua vez, recentemente passou a defender a ideia de que os presentes que ele recebeu durante seu mandato presidencial poderiam ser legalmente vendidos.
Os advogados mencionam uma portaria emitida durante o governo do ex-presidente Michel Temer, em novembro de 2018, que categorizava as joias como “bens personalíssimos”. As investigações sobre o suposto esquema continuam em andamento.
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