Bolsonaro tenta se isentar de atos terroristas em Brasília: “Nada justifica”

Atualizado em 30 de dezembro de 2022 às 10:55
Jair Bolsonaro (PL) em pronunciamento. Foto: Reprodução

Em pronunciamento na manhã desta sexta-feira (30), Jair Bolsonaro (PL) disse que “nada justifica” os atos terroristas em Brasília, após um apoiador tentar explodir um caminhão-tanque próximo ao aeroporto da capital federal. O chefe do Executivo ainda disse que manifestações pacíficas devem ser respeitadas.

“Nada justifica, aqui em Brasília, essa tentativa de ato terrorista na região do aeroporto”, afirmou o futuro ex-presidente. “O elemento que foi pego, graças a Deus, que não coaduna com nenhuma situação”.

Essa é a primeira vez que Bolsonaro se pronuncia sobre os ataques terroristas, e o primeiro pronunciamento após semanas de silêncio.

O atual mandatário vinha sendo orientado por aliados a não dar declarações antes de deixar o governo para não correr o risco de insuflar manifestantes que estão acampados em frente ao QG.

Logo no início de sua fala, Bolsonaro tentou se isentar dos atos antidemocráticos que começaram após a sua derrota nas eleições presidenciais, voltando a insistir que defende a liberdade e a Constituição.

“Essa falta de liberdade que nós estamos vivendo prejudica a democracia. Isso daí, no futuro, se continuar, vai pegar todo mundo. Nós sempre lutamos por democracia, por liberdade, por respeito às leis, à Constituição. Eu passei quatro anos, além de trabalhar juntamente com meus ministros mostrando a importância da liberdade para a democracia”, disse.

Bolsonaro também se queixou de que atitudes de violências no país são sempre atribuídas a “bolsonaristas”. No entanto, George Washignton, o homem preso pela bomba, relatou à polícia que participou de atos antidemocráticos realizados por apoiadores do presidente. Disse ainda que sua intenção era iniciar o “caos” e que agiu por motivação política. A bomba não chegou a explodir.

No mesmo pronunciamento, ele disse ter feito o possível pela reeleição, criticou os nomes indicados para o ministério do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e repetiu o discurso de que teria sido perseguido por imprensa e Judiciário ao longo de seus quatro anos de mandato.

“É um governo que começa capenga”, disse Bolsonaro sobre a gestão petista que começa neste domingo (1º). O presidente ainda ensaiou um discurso de oposição ao governo Lula. “Não tem tudo ou nada. Inteligência. Vamos mostra que somos diferentes.”

Prestes a encerrar o seu mandato e deixar o país antes da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no domingo (1), o ex-capitão tentou fazer um balanço do seu governo ao relembrar questões ligadas à pandemia da covid-19, desoneração da folha e assentamento.

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