Paulo Pimenta: Bolsonaro tentou trazer ilegalmente R$ 16,5 mi em joias após venda de refinaria da Petrobras

Atualizado em 4 de março de 2023 às 19:29
Petrobras e Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

Em dezembro de 2021, a Petrobras concluiu a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), em São Francisco do Conde, na Bahia, para o fundo árabe Mubadala Capital. A venda ocorreu alguns dias após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) retornar de uma viagem ao Oriente Médio.

A operação foi fechada com o pagamento de R$ 10 bilhões para a Petrobras. No entanto, segundo cálculos estimados pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), o valor recebido pela venda era muito abaixo do mercado, já que a refinaria valia entre R$ 17 bilhões e R$ 21 bilhões.

Segundo reportagem do Estadão, publicada na última sexta-feira (3), em outubro do mesmo ano, um assessor do ex-ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, tentou trazer, de forma ilegal, um conjunto de joias avaliadas em R$ 16,5 milhões ao Brasil.

Os itens eram presentes do governo da Arábia Saudita a então primeira-dama Michelle Bolsonaro. As joias, no entanto, foram apreendidas no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, no dia 26 outubro de 2021.

A relação entre os dois episódios foi feita pelo ministro chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta (PT), em uma publicação nas redes sociais.

Ministro da Secom, Paulo Pimenta. Foto: Reprodução

“Bolsonaro tentou trazer ilegalmente colar e brincos de diamante de R$ 16,5 milhões para Michelle. Presentes foram dados na Arábia Saudita no final de 2021. A Petrobras havia acabado de vender uma refinaria por 1,8 bilhão de dólares para um grupo da Arábia Saudita”, escreveu o petista no Twitter.

Ainda na publicação, Pimenta afirma serem “robustas” as provas de que o ex-presidente tenha tentado trazer as joias para a então primeira-dama. “As joias foram aprendidas pela Receita Federal em Guarulhos. Bolsonaro, inconformado em pelos menos 4 oportunidades, tentou reaver ‘os presentes’ que tentou trazer escondidos para o Brasil. Denúncia está toda documentada e com provas robustas”, afirmou o ministro.

Colar e relógio dados de presente à Michelle Bolsonaro pelo governo saudita. Foto: Reprodução

“Bolsonaro mobilizou pelo menos 4 ministérios e os militares até o último dia do seu governo para ‘recuperar os mimos’ de Micheque. Os presentes se tivessem sido declarados poderiam entrar legalmente no Brasil, mas pertenceriam ao Governo Brasileiro e não a família do criminoso!”, acrescentou.

Por fim, o ministro afirma que “todos [envolvidos] merecem ser  investigados e punidos pelos crimes cometidos”.

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