As papagaiadas do ministro da Economia Paulo Guedes perpetradas no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, sobre a robustez da economia brasileira pós-Covid, ecoaram na midia bolsonarista.
A senha para que a parolagem de Guedes adquirisse um status de verdade foi a divulgação, nesta quinta-feira, 2, de que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1% no primeiro trimestre de 2002, puxado pelo desempenho do setor de serviços.
O que no passado era rotulado pejorativamente como “Pibinho” foi transformado em crescimento robusto pelos governistas, em particular por seus acólitos nos meios de comunicação.
Para variar, nessa tarefa mais uma vez despontou a Jovem Pan, grupo oficioso de rádio e TV do bolsonarismo. Um bom exemplo da vassalagem dos veículos da família Machado de Carvalho foi dado pelo jornalista Luís Artur Nogueira, um dos âncoras do programa “Mercado Financeiro”.
No finalzinho da edição, Nogueira resolveu passar um pito nos “pessimistas de plantão” que “previam o caos “, traduzido numa recessão que não aconteceu e que, segundo ele, no melhor estilo beato Salu, de Guedes, não aconteceria neste ano.
Em seu recado, Nogueira, com a sutileza de um elefante, citou entre os tais “pessimistas de plantão”, um banco cujo nome “começa com I e termina com U”, que teria previsto uma recessão de 0,5%,no primeiro trimestre.
Ao final da palhaçada, o jornalista, que durante o impeachment sustentava que bastava tirar a Dilma para a economia deslanchar, não deixou de dirigir uma mensagem de otimismo aos empreendedores, empresários, trabalhadores, que acordam cedo, arregaçam as mangas e brigam por um Brasil melhor.
“Não vamos deixar o ambiente eleitoral contaminar a economia. Ela vai continuar crescendo este ano”, falou. “E pra você que quer empreender e trabalhar, há muitas oportunidades”.
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