O campo progressista começa a sonhar com algo que parecia impossível: vencer o PSDB em São Paulo, estado que o partido governa desde 1995.
Uma pesquisa divulgada nesta semana pelo instituto IPESPE sustenta o otimismo: juntos, Guilherme Boulos (PSOL) e Fernando Haddad (PT) pela primeira vez empatam pau a pau com os representantes do campo da direita na disputa pelo governo do Estado.
Haddad aparece com 19% e Guilherme com 14%. Juntos, somam 33% das intenções de voto, apenas um atrás da soma de Geraldo Alckmin, 23%,Tarcísio Gomes, 5% e Weintraub e Rodrigo Garcia, ambos com 3%.
A indecisão de Geraldo contribui para aumentar o clima de otimismo no PT e no PSOL.
O DCM apurou que tanto Guilherme Boulos quanto Haddad estão convictos de que devem entrar na disputa – no plano nacional, o PSOL já optou, em função da conjuntura necessária, apoiar o ex-presidente Lula.
📊Pesquisa Ipespe para o Governo de São Paulo (completa) – 30/08 a 1º/9:
🔵 Alckmin – 23%
🔴 Haddad – 19%
🟡 Boulos – 14%
⚪️Tarcísio – 5%
⚫️Weintraub – 3%
🔵Rodrigo Garcia – 3%
27% Nulo
5% Não sabemMargem de erro: 3%
— Central da Política (@centralpolitcs) September 3, 2021
Alckmin andante solitário
Subiu no telhado o romance de Geraldo Alckmin e Ciro Gomes. Motivo: nenhum dos 2 aceita se movimentar para selar a união.
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, em vídeoconferência com vereadores nesta semana confirmou que o partido tenta atrair o ex-governador de São Paulo para a sigla com objetivo de lançar sua candidatura em 2022.
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Lideranças políticas convenceram Lupi de que a união com Alckmin seria a oportunidade de Ciro ter ‘palanque’ no estado.
O presidente nacional do PDT, porém, determinou um ponto de inflexão nas tratativas: quer que Alckmin se filie ao partido, garantindo que não aceita uma coligação na qual a candidatura presidencial pendure na de governador.
Aí está o dilema. Geraldo propõe a parceria desde que escolha outro partido e receba o aliado na coligação, a exemplo do que está acontecendo entre PT e PSOL no plano nacional.
Ciro e Lupi podem ser acusados de tudo menos de burros. São profissionais da política. Já imaginou Ciro indo fazer coligação com o PSL caso Geraldo opte pelo seu plano número 1 que é se abraçar com a patota do MBL?