Boulos: “Vencemos o Bolsonaro e no segundo turno venceremos João Doria”

Atualizado em 16 de novembro de 2020 às 0:03
Com 57,7%, Boulos segue em segundo lugar na reta final da apuração de votos em São Paulo. Foto: Reprodução/CNN

Guilherme Boulos (PSOL) se consolida em segundo lugar na reta final da apuração dos votos em São Paulo e leva a esquerda ao segundo turno da disputa pela prefeitura de São Paulo.

Segundo a apuração dos votos do TSE, Boulos está em segundo lugar, conforme apontou a pesquisa de boca de urna do Ibope.

Já são 57,7% das urnas apuradas e o psolista segue com 20,35%, quase 7% de vantagem na frente do terceiro lugar, Márcio França.

Ele irá disputar o segundo turno com Bruno Covas, que tem 32,81% dos votos contados até o momento.

Em discurso na noite deste domingo (15), na sua casa em Campo Limpo, o candidato afirmou:

“Vencemos o Bolsonaro e no segundo turno venceremos João Doria”.

Ele agradeceu o apoio da periferia, pouco visitada pelo atual prefeito tucano, e prometeu:

“Nós vamos virar o jogo em São Paulo, com muita esperança, com muita luta”.

O psolista foi chamado de “radical” pelo adversário, que afirmou que irá vencer os extremos.

Em resposta, Boulos afirmou:

“Radicalismo, para mim, é, no meio de uma pandemia, ter uma prefeitura que tem hospitais fechados ou parcialmente abertos. Radicalismo é o abandono do povo de uma cidade como São Paulo. O que está em jogo, neste segundo turno, é se vai vencer a mesmice, os mesmos de sempre, aqueles que levaram a cidada ao abismo que estamos hoje, ou se vai vencer a esperança”.

Ele sente “um clima de virada” aposta nos 70% que votaram contra Covas nesta eleição:

“Se consolidado esse resultado, isso expressa um profundo desejo de mudança na cidade”.

“Tem uma onda, e essa onda aconteceu porque nós mobilizamos a esperança das pessoas. A maior virtude da nossa campanha está sendo mobilizar o sonho, a esperança das pessoas. Havia muito tempo que eu não via isso. Hoje em São Paulo a gente viu um voto de esperança”, completou.

Russomanno de fato desidratou e tem pouca vantagem sobre o candidato do MBL, Mamãe Falei.

O candidato de Bolsonaro é um exemplo do que disse o analista Igor Felippe: “o derretimento do bolsonarismo”.

Ele é mais um exemplo do fim da extrema direita no Brasil, que deve ser enterrado em 2022.

Jilmar Tatto, conforme prometido, ligou a Boulos na noite deste domingo (15), para manifestar apoio ao candidato:

“Desejei sorte e disse que ele pode contar comigo e com a nossa valente militância para virar o jogo em São Paulo”.