O Brasil pode viver sua maior crise institucional desde o Ato Institucional nº 5 e tem data e hora marcada para acontecer: a noite de 2 de outubro, quando sairá o resultado da eleição. É o que diz Elio Gaspari em sua coluna na Folha de S.Paulo.
Segundo o jornalista, o cenário é previsível: o fechamento das urnas, a totalidade dos votos e, caso Jair Bolsonaro (PL) seja derrotado, ele anuncia que não aceita o resultado da eleição.
Em 1951, o mesmo foi tentado contra a posse de Getúlio Vargas, sob o argumento de que ele não conseguira a maioria absoluta dos votos. Não prosperou, mas o desconforto militar permaneceu e, em 1954, custou a vida ao presidente.
Hoje Bolsonaro é um crítico do sistema eleitoral e diz que foi eleito em 2018 no primeiro turno, mas lhe roubaram a vitória.
Com cinco meses para a eleição, o presidente faz sua campanha atacando o Judiciário e propondo que as Forças Armadas participem do processo de totalização.
“Uma das sugestões das Forças Armadas é que, ao final das eleições, os dados vêm pela internet para cá [Brasília] e tem um cabo que alimenta a sala secreta do TSE. Uma das sugestões é que desse mesmo duto seja feita uma ramificação para que tenhamos um computador do lado das Forças Armadas para que possamos contar os votos no Brasil“, disse Bolsonaro
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