Brasileiros ficam presos em Machu Picchu em meio a greve

Atualizado em 28 de janeiro de 2024 às 18:16
Brasileiros enfrentaram deslizamentos e trombas d’água. Foto: Cesar Sponchiado/Arquivo Pessoal

Um grupo de 17 turistas brasileiros enfrentou uma situação complicada em Machu Picchu, Peru, ao ficar preso por 13 horas devido a protestos locais contra o novo sistema de venda de ingressos para a cidade inca.

A greve foi convocada pelos habitantes locais, revoltados com a decisão do Ministério da Cultura de ter um intermediário privado gerenciando a venda online das entradas. Os turistas tiveram que enfrentar trilhas a pé devido à paralisação dos trens e bloqueios nas vias de acesso.

Os protestos, organizados por coletivos do distrito de Machu Picchu Pueblo, incluíram marchas, fechamento de comércios e bloqueios na via férrea. O grupo de turistas brasileiros, que estava a turismo no Peru, passou por momentos de incerteza e dificuldades durante a manifestação, enfrentando chuva, deslizamentos de terra e trilhas de 10 quilômetros. O retorno a Cusco levou mais de 13 horas, gerando desconforto e preocupação.

O empresário paulista Cesar Sponchiado, um dos turistas, relatou as dificuldades enfrentadas pelo grupo, incluindo a incerteza sobre a saída de Machu Picchu Pueblo. Com membros idosos e uma pessoa com deficiência física, a jornada foi especialmente desafiadora.

“Nosso trem parou, e não sabíamos o que estava acontecendo. Falaram que era um protesto que estava iniciando por lá, e eles fecharam a passagem do trem. Ficamos mais de uma hora [parados] até conseguirmos seguir em frente até Machu Picchu. O principal era a incerteza. Não sabíamos se nós conseguiríamos sair de lá. Tivemos que ficar [em Machu Picchu Pueblo] de um dia para o outro”, contou ao jornal O Globo.

Machu Picchu. Foto: Reprodução

O governo peruano adotou o novo sistema de venda de ingressos online, gerenciado pela empresa Joinnus, causando descontentamento entre comerciantes e operadores turísticos locais. A alegação é que esse é o primeiro passo para a privatização de Machu Picchu. Apesar das dificuldades enfrentadas pelos turistas, o Ministério da Cultura afirmou que a visita à cidadela estava ocorrendo normalmente, oferecendo facilidades nos horários de entrada.

Os protestos em Machu Picchu destacam as tensões em torno da gestão do patrimônio cultural e do turismo na região. A privatização da venda de ingressos online e a reação negativa dos moradores locais afetaram a experiência dos turistas brasileiros, que vivenciaram uma situação inusitada durante sua viagem ao Peru.

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