A Procuradoria-Geral da República (PGR) acionou a Polícia Federal contra três brasileiros que abordaram Augusto Aras durante suas férias em Paris. Eles cobravam o procurador para atuar em apurações envolvendo Jair Bolsonaro. O pedido foi feito logo após o episódio, em abril, e assinado pela vice-procuradora-geral, Lindôra Araújo.
Segundo a Folha de S. Paulo, algumas pessoas que criticaram Aras foram ouvidas assim que retornaram de viagem, ainda no aeroporto. Auxiliares do Ministério Público Federal redobraram cuidados com segurança após as críticas ao procurador-geral.
Veja o vídeo do episódio que causou incômodo em Augusto Aras:
De férias em Paris, Aras é cobrado: “Vamos investigar o MEC?”https://t.co/D65qh3YQbo pic.twitter.com/AWYPl5ocDj
— Guilherme Amado (@guilherme_amado) April 19, 2022
Para fazer a solicitação à PF, Lindôra citou o artigo de lei n° 14.197, que trata de crimes contra instituições. Ela argumentou que é crime tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais.
O texto citado pela procuradora foi o que substituiu a LSN (Lei de Segurança Nacional), revogada em 2021. A Polícia Federal, entretanto, abriu um inquérito para investigar os brasileiros por injúria e difamação e não pelos crimes alegados pela PGR.