
A população brasileira se divide sobre a prisão de Jair Bolsonaro: 43% acredita que ele não deve ir para a cadeia, mas 41% é favorável à medida. Os dados são de pesquisa Quaest divulgada nesta quinta (18), que apurou a percepção das pessoas sobre as consequências da investigação da Polícia Federal sobre o suposto esquema de venda de presentes oficiais do governo.
Segundo o levantamento, 66% dos entrevistados estão acompanhando o caso e só 34% não sabem do que se trata. A coleta dos dados foi feita antes da informação de que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, quer fazer uma confissão.
A pesquisa indica uma polarização sobre o tema: 68% dos eleitores de Bolsonaro disseram que ele não deveria ser preso, enquanto 62% dos eleitores do presidente Lula se manifestaram a favor da detenção. Entre os que não votaram e votaram branco ou nulo, 39% são favoráveis à prisão e 36%, contrários.
Parte dos eleitores do ex-presidente (19%), no entanto, acredita que ele deveria ir para a cadeia.

O levantamento ainda mostra a opinião de alguns recortes da população: 44% dos homens são contrários e 41% favoráveis; 42% das mulheres são contrárias e 40% a favor; 45% das pessoas que recebem até R$ 2.650 se manifestam a favor e 36% contra; 49% dos que recebem mais de R$ 6,6 mil são contra a prisão e 39% favoráveis.
Entre os evangélicos, base de apoio de Bolsonaro, mais de um terço (35%) é favorável à prisão e 49% rejeita a medida. A pesquisa ouviu 2.029 pessoas em 120 cidades sorteadas entre os dias 10 e 14 de agosto.