Buscas por fugitivos de Mossoró chegam ao 10° dia com mais de 500 agentes na caçada

Atualizado em 23 de fevereiro de 2024 às 6:23
Deibson Cabral Nascimento e Rogerio da Silva Mendonça – Divulgação

Nesta sexta-feira (23), completa-se 10 dias da operação intensiva que mobiliza mais de 500 agentes, helicópteros, drones e cães farejadores na busca pelos fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Oeste do Rio Grande do Norte. Os criminosos Deibson Nascimento e Rogério Mendonça escaparam da custódia na madrugada do dia 14 de fevereiro.

Durante essa semana, a Polícia Federal prendeu três suspeitos de colaborarem com os foragidos, enquanto a operação continua em andamento com apoio tanto federal quanto estadual.

O número exato de agentes envolvidos não foi divulgado pelo Ministério da Justiça nem pelo governo do Rio Grande do Norte, porém, hotéis e restaurantes de Mossoró relataram ao G1 um aumento na demanda devido à presença da equipe de busca.

Na quinta-feira (22), a Força Nacional se juntou à operação, reforçando o contingente com mais 100 homens, 20 viaturas e um ônibus. Além disso, o Ministério da Justiça autorizou o envio da Força Penal Nacional, que atuará no perímetro externo da penitenciária e no treinamento dos agentes locais, pelos próximos 60 dias, a partir desta sexta.

No entanto, especialistas levantam críticas em relação à duração e ao custo da operação. O ex-secretário nacional de Segurança Pública, José Vicente da Silva Filho, considera o uso prolongado de recursos policiais desnecessário e dispendioso.

“É um exagero. É injustificável o uso de um contingente como esse por tanto tempo. Faz sentido nos dois primeiros dias, em que se mobiliza todas as forças para buscar a recaptura. Depois de uma semana, é preciso deixar a cargo da investigação”, afirmou Vicente em entrevista ao G1.

Viaturas em estrada de terra durante buscas por fugitivos da penitenciária federal de Mossoró. Foto: PRF

As buscas se concentram em Mossoró e Baraúna, com a força-tarefa explorando principalmente as áreas rurais e de mata próximas à penitenciária. No entanto, as condições naturais da caatinga apresentam desafios, incluindo vegetação densa, animais peçonhentos e temperaturas extremas.

A Defensoria Pública da União recomendou medidas adicionais para garantir a integridade dos policiais envolvidos nas buscas, como o uso de câmeras corporais e a realização de exames de corpo de delito após a captura dos fugitivos.

Rogério e Deibson, ambos ligados ao Comando Vermelho, são considerados perigosos e acumulam extensos históricos criminais. Sua fuga, a primeira registrada na história do sistema penitenciário federal, representa um desafio significativo para as autoridades, que continuam empenhadas em sua recaptura.

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clicando neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link