O terror dos EUA: ataque de drone em Cabul que matou 10 civis era “justificado”

Atualizado em 18 de setembro de 2021 às 10:13
Sumaya, de dois anos, é a vítima mais jovem do ataque dos EUA em Cabul
Sumaya, de dois anos, é a vítima mais jovem do ataque dos EUA. Foto: Arquivo Pessoal

Um ataque de drone dos Estados Unidos em Cabul, no Afeganistão, deixou 10 civis mortos, incluindo sete crianças. A ação ocorreu no mês passado e assassinou uma dezena de pessoas da mesma família. Mesmo diante das consequências, militares americanos disseram que o ataque foi “justificado”.

O Pentágono alegou que a ação tinha como alvo um homem-bomba do Estado Islâmico que representava uma suposta ameaça para as tropas americanas. À época, o país fazia retirada do Afeganistão. O general dos fuzileiros navais, Frank McKenzie, lamentou pelas vítimas e diz que ocorreu “um erro trágico”.

“Nossa investigação agora conclui que o ataque foi um erro trágico”, disse a repórteres, segundo a Agência Brasil.

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Militares agora dizem que vão “aprender com esse erro” em Cabul

O secretário de Defesa, Lloyd Austin, disse que os militares vão tentar aprender com o ataque. “Pedimos desculpas e faremos o possível para aprender com esse erro horrível”. Ele também disse que o ataque com drone matou um senhor chamado Ahmadi, que trabalhava para a ONG Nutrition and Education International.

“Agora sabemos que não havia conexão entre o Sr. Ahmadi e o ISIS-Khorasan, que suas atividades naquele dia foram completamente inofensivas e nada relacionadas com a ameaça iminente que acreditávamos enfrentar”.