Base de apoio implode, respinga no Congresso e só um milagre salva campanha de Bolsonaro

Atualizado em 12 de janeiro de 2022 às 7:28
Olavo de Carvalho, o guru de Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução/YouTube/Agência Brasil

Não só eles, naturalmente: mas Sergio Camargo, presidente da Palmares, e o guru Olavo de Carvalho parece que têm prazer em ver Bolsonaro se afundar cada vez mais.

São eles os protagonistas de uma crise política que se instalou no fim do ano, atravessou o reveillon e vive seu climax neste início de janeiro, podendo resultar numa debandada na base de apoio do mandatário no Congresso.

A confusão tem direito a xingamentos pesados e acusações de traição, diz a Folha. Num tom que nem mesmo os bolsonaristas que acompanham o mandatário nas redes sociais estão acostumados.

Quem disparou primeiro foi Olavo. Nos últimos dias de 2021 disse num debate que havia sido usado como “garoto-propaganda” por Bolsonaro para se promover. Disse ainda que só vai apoiar a reeleição por falta de opção.

Foi a senha para os pit bulls rosnarem. Camargo chamou Olavo de arrogante. “Nunca precisou e jamais precisará de um ‘professor’”, disse, em tom de ironia.

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Dos EUA, o foragido Allan dos Santos entrou na confusão. Chamou Camargo de “moleque de merda”.

Outro aliado importante, o cientista político Silvio Grimaldo, também quis colocar a colher para atrapalhar.

Críticou a articulação política do governo no Congresso, comparando-a a da ex-presidente Dilma. Isso para o gado foi a morte. Para piorar, reclamou que o mandatário não fez “porra nenhuma” pela aprovação do voto impresso na Câmara.

Foi então que Carluxo entrou na pendenga, jogando a culpa num aliado na Câmara, Carlos Jordy (PSL-RJ). “Sugiro cheirarem menos, serem mais gratos e não sujos”, disse o filho do mandatário, insinuando que o deputado é um drogadito.

Toda essa cofusão pelo bem do Brasil? Coisa nenhuma. O  que pega é o interesse por espaço político dentro da campanha que está no seu sprint de largada.

Os olavistas defendem o guru dizendo que ele teve papel preponderante no governo para dar uma “carga intelectual” à figura de Bolsonaro, introduzindo o conceito de “guerra cultural” contra a esquerda.

Mas o presidente sequer chegou a visitá-lo quando esteve internado em São Paulo.

Se Bolsonaro vencer será um milagre

A conjuntura acumula ainda tretas entre Janaína Paschoal e Ricardo Salles, em São Paulo, e agora o quadro piorou com a entrada em cena de Abraham Weintraub, que está voltando ao Brasil e é pre-candidato ao governo de SP concorrendo com Salles.​

Toda essa conjuntura de caos reflete nas ruas – Bolsonaro só cai nas pesquisas – e na Câmara, onde até o Centrão ameaça retirar seus apoios.

Pelo andar da carruagem, se Bolsonaro vencer será um milagre.

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