Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que tiveram seus canais desmonetizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deixaram de ganhar R$ 3,1 milhões em um período de 18 meses. Após a Corte Eleitoral revogar o desbloqueio nesta sexta-feira (3), os perfis poderão voltar receber dinheiro com os conteúdos postados.
A decisão é do corregedor-geral do TSE, ministro Benedito Gonçalves, que ressaltou que a retomada da monetização não libera a divulgação de desinformação por esses canais. O valor arrecadado a partir de agora, no entanto, deverá ficar à disposição da Justiça “até posterior deliberação”.
Segundo o jornal O Globo, os dados constam de balanço que as plataformas enviaram ao TSE. No total, a desmonetização atingiu 11 pessoas com canais no Youtube, Facebook e Instagram. Cerca de 96% do valor bloqueado corresponde ao dinheiro que viria do Youtube.
Os valores que estão bloqueados em consequência da primeira decisão judicial permanecem retido. A medida foi imposta pelo então corregedor-geral, ministro Luís Felipe Salomão, em agosto de 2021. A decisão do bloqueio surgiu devido a ataques ao sistema eleitoral.
Na época, o ministro afirmou que os alvos vinham “obtendo vantagens financeiras mediante os já conhecidos e reiterados ataques infundados” ao sistema eleitoral, e que desmonetização seria uma forma de retirar o “estímulo financeiro” por trás das práticas.
Os principais atingidos foram os canais Folha Política, que deixou de arrecadar R$ 1 milhão, Te Atualizei (R$ 886 mil) e Jornal Cidade Online (R$ 709 mil). Também constam na lista o Terça Livre (R$ 182 mil) e o Vlog do Lisboa (R$ 152 mil).
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