O atual governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, que deve buscar se reeleger em outubro deste ano, afirmou que é sim apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas que não vai criticar o ex-presidente Lula (PL). Em entrevista para O Globo, ele diz que seu papel atual deve ser falar sobre o estado do Rio.
Ele disse que estava mais preocupado com o Estado, ao ser questionado sobre as eleições presidenciais. “Sou apoiador do Bolsonaro, nunca neguei o alinhamento a ele, mas sempre tem gente querendo criar confusão nisso. Não vou criticar o Lula porque estou preocupado com o estado. Enxergo com pragmatismo. Os dois mandatos dele tiveram coisas boas e ruins”, afirmou o governador
“Meu papel é falar do Rio e não quero nacionalizar a eleição estadual. O bolsonarista, o lulista, o cirista, o morador do Rio em geral, podem esperar do Cláudio Castro alguém que governará o estado com uma enorme paixão” continuou.
Sobre o Bolsonaro, ele defendeu o chefe do Executivo, e o chamou de “pai da vacina”, alegando que o presidente foi o responsável pelas compras dos imunizantes.
Castro afirmou ainda que se considera um político de centro-direita “bem liberal na economia”, mas que acredita que o Estado precisa de “um olhar mais sensível aos mais vulneráveis”. No entanto, quando falou sobre a ação policial na comunidade Jacarezinho no ano passado, afirmou que apenas o policial morto na ação era inocente.
“Sempre que tiver que escolher um lado, estarei com a polícia. Investigaremos quem comete desvios, mas nunca estarei ao lado do bandido. Isso eu deixo para o Freixo”, disse.
Marcelo Freixo (PSB) é seu principal aliado na disputa pelo governo do estado do Rio. “Acho que o Freixo está sendo candidato ao cargo errado. Ele fala tanto de Bolsonaro que deveria se candidatar a presidente e enfrentá-lo. É coisa de quem nunca trabalhou na vida’, declarou ao citar o pré-candidato.