Na noite deste domingo (23), o ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, Ricardo Cappelli, usou sua página no Twitter para defender o ex-ministro Gonçalves Dias nos ataques golpistas do dia 8 de janeiro. Ele disse que o general Augusto Heleno, antecessor de Dias no cargo, “pilotou o carro” do GSI por quatro anos e o entregou avariado.
“O general Heleno ‘pilotou o carro’ por 4 anos e entregou o ‘veículo’ avariado e contaminado para o general G.Dias, que pilotou por apenas 6 dias. No 7° dia o carro pifou. De quem é a culpa? Não é possível falsificar a história. Conspiração não passa recibo”, publicou Cappelli.
Já em outra postagem, feita minutos depois, o ministro diz que as imagens registradas pelas câmeras de segurança do Palácio do Planalto no dia dos atos golpistas apenas confirmaram o que o povo brasileiro já sabia:
“As imagens confirmam o que o povo brasileiro já sabe. O Brasil foi vítima de uma tentativa de golpe. Muitos criminosos já estão presos. Alguns conspiradores também. A Operação Lesa Pátria, da PF, não tem data para acabar. Todos serão identificados. A lei será cumprida.”
No sábado (22), Cappelli já havia afirmado, em entrevista ao Congresso em Foco, que as investigações da Polícia Federal (PF) “muito possivelmente” indicarão que o general Augusto Heleno teve alguma participação nos atos de vandalismo de 8 de janeiro.
“Um homem público, ministro de Estado, que sai das eleições e desaparece. Quem explica o sumiço dele? Onde é que está a valentia do general Heleno? Acho que o desaparecimento dele fala por si”, disparou.
Capelli completou: “Acho que quem se esconde teme a verdade, essa é minha opinião. O general Heleno está escondido. Onde? Quem consegue falar com ele? Todo dia recebo jornalistas que dizem que ele não recebe ninguém, não fala com ninguém. Por que o general Heleno se escondeu? Cadê a valentia dele?”.
O ministro também comentou o “desaparecimento” dos generais Walter Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, e Luiz Eduardo Ramos, ex-secretário-geral da Presidência da República.
“Pergunta a algum jornalista que se relaciona com eles se consegue falar com eles. Pega alguma declaração deles. Desapareceram! Por quê? Cadê a valentia deles? Contra as instituições, contra o Brasil! Mas é coerente, né? Coerente com a covardia do chefe deles, que perdeu a eleição e foi se esconder nos Estados Unidos”, acrescentou ele.
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