Antes de todas as trocas de farpas na web, Carlos Bolsonaro já foi defensor de Danilo Gentili. Em 2018, o filho do presidente disse no Twitter que o filme do comediante, “Os Exterminadores do Além Contra a Loira do Banheiro” seria um bom longa após a Folha de S.Paulo publicar que o filme é “agressivo, rasteiro, escatológico e politicamente incorreto”.
Será que o Carlos Bolsonaro também foi no banheiro? pic.twitter.com/NWDmhvapkj
— William De Lucca (@delucca) March 14, 2022
O comediante é contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) e faz críticas recorrentemente sobre o mandatário nas redes. Em janeiro, o apresentador resgatou uma fala de março de 2021 em que Bolsonaro falava sobre o “mimimi” da pandemia de coronavírus, após o mandatário compartilhar uma foto no hospital, onde estava internado para tratar uma obstrução intestinal.
O comediante Antonio Tabet, do Porta dos Fundos, fez um tweet provocando os bolsonaristas e postou duas fotos mostrando Jair e Carlos assistindo ao Danilo na TV, com o nome do filme “Como se tornar o pior aluno da escola”.
“Como se Tornar o Pior Aluno da Escola”… pic.twitter.com/ouFCM8zSio
— Antonio Tabet (@antoniotabet) March 14, 2022
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Filme de Gentili é alvo de críticas após entrar no catálogo da Netflix
Recentemente, a produção entrou para o catálogo da Netflix e tem sido alvo de críticas. Gentili e Fábio Porchat, que interpreta um dos personagens, têm recebido acusações de pedofilia. O secretário especial da Cultura, Mario Frias afirmou que o longa “é uma afronta às famílias e às nossas crianças”, acrescentando que “utilizar a pedofilia como forma de humor é repugnante e asqueroso”.
A questão, no entanto, é que o filme foi bem recebido, na estreia em 2017, por membros do governo. Na época, Carlos Bolsonaro e o pastor e político Marco Feliciano foram entusiastas do longa no Twitter. O pastor chegou a postar uma foto ao lado do pôster, e apagou a publicação apenas ontem (13), alegando que deve ter ido atender o telefone durante e cena polêmica.