Carne brasileira é boicotada por supermercados da Europa

Atualizado em 16 de dezembro de 2021 às 17:18
Carne
Carne brasileira é boicotada devido a investigação

Seis redes de supermercados na Europa anunciaram um boicote aos produtos de carne bovina brasileira. A decisão é decorrente de uma investigação realizada pela “Repórter Brasil” em parceria com a ONG “Mighty Earth”. A apuração mostrou que a carne exportada por frigoríficos brasileiros tinha origem de áreas que contribuem para o desmatamento. As informações são da BusinessGreen.

Segundo a investigação, os grupos JBS, Marfrig e MinervaFood produzem carne em fazendas que favorecem o desmatamento na Amazônia, Cerrado e Pantanal.

Fazem parte dos grupos de supermercados que apoiam o boicote: Carrefour, Delhaize, Lidl, Sainsbury’s e Albert Heijn. Uma das linhas retiradas das prateleiras europeias foi a Jack Link, que produz o charque em parceria com a JBS para exportar para os Estados Unidos e União Europeia.

A apuração da “Repórter Brasil” mostrou que essas associações utilizam fornecedores indiretos, ou seja, fazendas que não comercializam gado diretamente com os frigoríficos, para vender gados criados até certa idade em áreas de pastagens associadas a crimes como desmatamento ilegal, invasão de terras indígenas e trabalho escravo.

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Declaração das empresas que tiveram sua produção de carne boicotada

A MinervaFoods, em nota, afirmou que lidera iniciativas no combate ao desmatamento ilegal e às mudanças climáticas. Disse que as fazendas Dona Esther e Brilhante estão cadastradas e habilitadas para a comercialização. A empresa também disse que nem todas as fazendas possuem certificação Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (SISBOV) e que a Base Nacional de Dados (BND) informa apenas dados parciais, não sendo possível ter acesso a informações geográficas das fazendas.

A JBS disse que investigou 5 fornecedores citados na reportagem da “Repórter Brasil” e que estavam de acordo com a Política de Compra Responsável da empresa e com o Protocolo de Monitoramento de Fornecedores de Gado do Ministério Público Federal no momento da compra. A JBS lembrou também que utiliza um sistema geoespacial para monitorar seus fornecedores em todos os biomas.

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