Farra do cartão corporativo: veja quem mais gastou em 2021

Atualizado em 12 de outubro de 2021 às 11:13
Jair Bolsonaro mostra o cartão corporativo
Bolsonaro exibe o cartão corporativo. Foto: Carolina Antunes/PR

Os nebulosos gastos com cartão corporativo do governo federal seguem sendo assunto. Neste sábado (12), foi revelado que o gasto aumentou, apesar da diminuição de usuários. O órgão que mais gastou dinheiro por este meio é a Presidência da República, com 35,5% do total.  Em seguida, estão o Ministério da Justiça e Segurança Pública (26,7%) e o Ministério da Economia (10%).

Veja a lista dos órgãos que mais gastaram com o cartão corporativo:

  • Presidência da República – R$ 15,2 milhões
  • Ministério da Justiça e da Segurança Pública – R$ 11,4 milhões
  • Ministério da Economia – R$ 4,3 milhões
  • Ministério da Educação – R$ 3 milhões
  • Ministério da Defesa – R$ 2,7 milhões

Os dados são de levantamento do Metrópoles.

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Cartão corporativo

Neste ano, o governo Bolsonaro atingiu o maior gasto com cartão corporativo desde 2018. Nos primeiros nove meses de 2021, foram gastos R$ 204,8 milhões. O valor é 19,9% acima do ano passado inteiro.

Em 2020, o total foi de R$ 170,7 milhões. De 2020 para cá, o número de pessoas que possuem o cartão diminuiu 18,6% (de 4.485 para 3.647). No ano anterior, foram desembolsados R$ 198,2 milhões.

Os valores de 2021 só não superam os do último ano do governo Temer: R$ 244,8 milhões.

O Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF) é usado para pagamentos de despesas de funcionários do Executivo. O gasto é autorizado, segundo a lei, desde que “caracterizada a necessidade em despacho fundamentado”.

Em geral, são utilizados para custear despesas com compras de material e prestação de serviços. Pode ser usado também para gastos como saúde indígena, por exemplo, ou com adidos agrícolas e em missões diplomáticas.

As empresas que mais receberam dinheiro dos cartões são: MercadoPago (R$ 452 mil), Sumup Instituição de Pagamento (R$ 124 mil), Ferragem Parati Conceição (R$ 119 mil) e a Medilar Importação e Distribuição de Produtos Médico-Hospitalares (R$ 81,7 mil).