A Polícia Federal tem avançado nas investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, e agora tem focado em garantir a segurança das famílias dos suspeitos que colaboram com a apuração. A grande preocupação de agentes atualmente é proteger parentes dos investigados que estão colaboram ou negociam delações. A informação é do Blog da Andréia Sadi no g1.
A corporação tem um programa sofisticado de proteção para colaboradores e tem oferecido o esse esquema de proteção durante tratativas com colaboradores. O temor é que se inicie um movimento de criminosos para pressionar parentes de investigados e amedrontá-los.
Atualmente, o ex-policial militar Ronnie Lessa, apontado como autor dos disparos que mataram Marielle, está negociando um acordo de colaboração premiada com a PF. Ele cita o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Domingos Brazão como mandante do atentado, mas o acordo ainda precisa ser homologado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A PF divulgou uma nota nesta terça (23) e afirmou que há apenas uma colaboração no caso oficialmente até agora: a do ex-PM Élcio Franco, que confessou dirigir o carro usado durante o assassinato da vereadora. Esse acordo já foi homologado pelo STF e o delator pediu proteção à família durante as tratativas.
A proteção para a família também é uma das preocupações de Lessa. Segundo seu advogado, Bruno Castro, ele não queria fazer delação por temor de que criminosos atacassem seus parentes. “Ele me disse, há uns dois ou três anos, é que ele sabia quem tinha matado a Marielle. Mas afirmou que, se falasse, a família dele morreria”, relatou.
Segundo uma fonte da PF, investigadores atuam em diversas frentes e analisam um “ecossistema” com diversos criminosos do Rio de Janeiro. As reações de milicianos nos últimos meses é um reflexo do avanço das apurações e do combate da corporação ao crime organizado. Há um temor de que exista um movimento de “queima de arquivo” entre os cirminosos.