E se o Cebolinha fosse bissexual? Por Moisés Mendes

Atualizado em 29 de outubro de 2021 às 12:50

Publicado no Blog do Moisés Mendes

Cebolinha
E se o Cebolinha da Turma da Mônica fosse bissexual

A turma da Mônica terá um bissexual. Mauricio de Sousa (é brabo ter o mesmo nome do jogador de vôlei homófobo) já anunciou que está criando o personagem.

Imaginem pais, mães e tias escondendo até as revistas antigas de filhos e sobrinhos. Mas o estrago maior seria provocado entre os fascistas moralistas por uma revelação surpreendente de que Cebolinha, que já chegou á adolescência, é bissexual.

Seria uma bomba. A família Bolsonaro entraria em surto permanente. O jogador de vôlei Maurício Souza faria lives com alertas à família brasileira.

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É muito azar que o mais famoso e agressivo homófobo brasileiro, depois dos Bolsonaros, tenha o mesmo nome do criador da turma da Mônica. As diferenças são a falta do “de” entre nome e sobrenome e o “s”, que é trocado pelo “z” no Souza.

Maurício, o jogador, teme os gays. Mauricio, o criador da Mônica, tem um filho gay. Mauro, diretor de espetáculos, parques e eventos da Mauricio de Sousa Produções, é o consultor do pai para a criação da nova figura.

A BBC Brasil entrevistou Mauricio sobre o provável personagem bi e lembrou que em 2017 alguém perguntou a ele, no Roda Viva, sobre essa possibilidade de a turma ter um integrante não-heterossexual.

Mauricio enrolou, porque não estava preparado para o que agora admite como algo natural.

Vamos imaginar que, depois do filho do Superman bissexual e de um novo personagem bi na turma da Mônica, tudo possa ser possível.

Grandes amizades das histórias em quadrinhos poderiam ter revelações tardias. Zorro e Tonto eram apenas grandes amigos? E o Fantasma e Lothar?

E o Tio Patinhas? E o capitão dos sobrinhos do capitão, que nem tio é de Hans e Fritz? Podemos, sim, pensar com naturalidade na possibilidade de termos outros e outras bis, gays, lésbicas, agênero, trans.

O bom mesmo seria se alguém criasse um personagem gay que conseguisse o que nem o povo nas ruas e nem o TSE conseguem: derrotar Bolsonaro.

Uma figura que fizesse Bolsonaro ser confrontado com a sua fragilidade de macho inseguro. Um super-herói gay que salvasse o Brasil da sua maior aberração.

 

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