Celso Amorim defende ida de Bolsonaro à Rússia para não mostrar ‘submissão’ aos EUA

Atualizado em 15 de fevereiro de 2022 às 17:29
Celso Amorim
Reprodução / Sputnik

Ex-diplomata brasileiro acredita que presidente acertou em não adiar viagem mesmo com pressão norte-americana devido ao momento delicado entre Rússia e o Ocidente.

Celso Amorim, chanceler da gestão Lula (2003-2010) e até hoje uma das figuras que o ex-presidente conta para suas articulações na política externa, afirmou que o fato do presidente, Jair Bolsonaro (PL), não ter adiado sua ida à Rússia foi bom, visto que adiar “seria um sinal de submissão a uma agenda de Washington que não tem cabimento”, de acordo com O Globo.

A análise de Amorim é similar à de Bolsonaro, que anteriormente disse a aliados que passaria uma imagem de “submissão” aos Estados Unidos se cancelasse a agenda.

Segundo o jornal, para o ex-chanceler, o Brasil, se vivesse um outro momento, poderia integrar iniciativas, com lideranças de outros países, em busca da pacificação entre Rússia e Ucrânia.

“Hoje, não existe mais essa condição. Bolsonaro vai lá cuidar de fertilizantes, que, para ele, está de bom tamanho, pois não tem capacidade de uma atuação mais ampla”, afirmou Amorim.

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No entanto, Bolsonaro já declarou que o tópico da Ucrânia só será abordado com o líder russo, Vladimir Putin, se Putin trouxer o assunto à mesa, conforme noticiado. Hoje (15), o ministro da Defesa, Braga Netto, em Moscou, também confirmou que a questão não seria conversada.

O presidente aterrissou hoje (15) na capital russa e ficará até quinta-feira (17), quando seguirá para Hungria.

Do Sputnik

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