Cessar-fogo em Gaza: Rússia e China vetam resolução dos EUA na ONU

Atualizado em 22 de março de 2024 às 11:48
Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping. (Foto: Alexei Druzhinin)

Com os vetos da Rússia e da China, a resolução proposta pelos Estados Unidos para um “cessar-fogo imediato” na Faixa de Gaza não obteve aprovação no Conselho de Segurança da ONU.

A proposta, que representava uma mudança de posicionamento por parte dos EUA em relação ao conflito entre Israel e o Hamas, tinha como objetivo principal garantir o fim imediato das hostilidades na região e a libertação de reféns.

Durante a votação, realizada nesta sexta-feira (21), apenas a Rússia, a China e a Argélia votaram contra a proposta, resultando na não aprovação da mesma. Vale ressaltar que Rússia e China são membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e possuem poder de veto, o que significa que apenas o voto de um desses países seria suficiente para barrar a resolução.

O embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, justificou o veto acusando os Estados Unidos de promessas vazias e de só reconhecerem a necessidade de um cessar-fogo quando já haviam ocorrido milhares de mortes na Faixa de Gaza. Segundo ele, os EUA estariam mais interessados em interesses políticos do que na proteção dos civis.

“Vocês só querem vender um produto aos seus eleitores”, disse Nebenzia.

Além da proposta americana, está prevista para esta tarde a votação de outra resolução liderada por Moçambique, que busca um cessar-fogo durante o período do Ramadã, considerado sagrado para os muçulmanos e que teve início em 10 de maio. Esta resolução também visa interromper as hostilidades na região e garantir a segurança dos civis afetados pelo conflito.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, enfatizou a importância da resolução americana ao destacar a necessidade de proteção aos civis durante o conflito.

“Acabamos de apresentar uma resolução perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas, que apela a um cessar-fogo imediato ligado à libertação de reféns. Claro, apoiamos Israel e o seu direito de se defender, de garantir que o 7 de Outubro nunca mais aconteça. Mas, ao mesmo tempo, é imperativo que nos concentremos nos civis que estão em perigo e que sofrem tão terrivelmente”, declarou Blinken.

Antony Blinken. (Foto: Reprodução)

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