Chefe da PF nega interferência e diz a Moraes que substituição de diretor foi “natural”

Atualizado em 22 de abril de 2022 às 19:37
Foto do diretor-chefe da PF, Márcio Nunes de Oliveira, com olhar sério, usa terno, óculos e cabelo preto.
Novo diretor-chefe da Polícia Federal, Márcio Nunes de Oliveira. Foto: Tom Costa/MJSP

Márcio Nunes de Oliveira, o novo chefe da Polícia Federal nomeado no final do mês de fevereiro, apresentou nesta sexta-feira (22) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que a substituição de diretores da cúpula do órgão foi “absolutamente natural”.

Entre os diretores substituídos, está o de Investigação e Combate ao Crime Organizado, responsável pelos casos de corrupção na corporação. Nunes disse que a substituição se deu por causa da escolha de pessoas de confiança para os cargos comissionados na PF e negou interferência nas investigações em andamento.

“De fato, os titulares de cargos comissionados são pessoas de absoluta confiança das autoridades superiores, constituindo os canais de transmissão das diretrizes para a execução administrativa. É absolutamente natural, e por que não dizer desejável, ante o princípio republicano da temporariedade, que sejam trocados os titulares de cargos em comissão, permitindo que o dirigente máximo possa contar com pessoas de sua confiança durante sua gestão, comprometidas com o seu projeto de gestão”, escreveu o diretor-geral.

Esclarecimentos foram solicitados por Moraes a pedido de Randolfe Rodrigues

Os esclarecimentos solicitados ao chefe da PF foram feitos pelo ministro Alexandre de Moraes a pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que apontou suspeitas de interferências devido às mudanças feitas por Nunes de Oliveira.

No mês de março a PF concluiu no inquérito sobre a suspeita do presidente Bolsonaro ter feito interferências indevidas  que não houve prática de crimes, apesar das críticas.

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