Ciro Gomes (PDT) foi vaiado nos atos de 2 de outubro e preocupou aliados. Isto porque o pré-candidato a presidência não tem conquistado eleitores da centro-direita. E agora tem se tornado uma figura “mal vista” por um grupo da esquerda. Por conta disso, o ex-ministro foi aconselhado por interlocutores a diminuir o tom contra o PT.
Conforme apurou o DCM, a “trégua de Natal” não tem apenas como foco derrubar o presidente Bolsonaro. A equipe do pedetista identificou que outros candidatos da terceira via estão atacando o ex-governador do Ceará. O MBL, por exemplo, já avisou que as chances são nulas de subir num palanque com ele em 2022 em um primeiro turno.
João Amôedo aumentou o coro, enquanto Sergio Moro avisou que não sentará com Ciro para conversar. E vice-versa. João Doria também não gosta do projeto econômico de Gomes. Até Eduardo Leite já enviou recado.
Uma aliança com ele apenas em um eventual segundo turno. No primeiro, nem pensar. E esse sentimento já se espalhou entre os “bolsonaristas arrependidos”. Ou seja, ele não tem conseguido crescer neste grupo. E nem conquistado aliados neste campo.
Com os insistentes ataques ao PT, tem apenas perdido eleitor e também fechando portas de parcerias. O recado foi muito forte das ruas. Ciro foi criticado pelo Vem Pra Rua no dia 12 de setembro. E agora sofreu vaias no último dia 2.
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Ciro Gomes e a mudança de rota
O pedido de paz faz parte de um cálculo de rota. O pedetista e sua equipe vão analisar se vale a pena continuar atacando o PT e o ex-presidente Lula. Ou se é preciso se reconectar com a esquerda.
O Partido dos Trabalhadores entenderam a mensagem e já sinalizaram que não vão virar as costas ao pedetista. Haddad chegou a falar que torce para que a “trégua” seja definitiva. E Gleisi comentou que o PT sempre esteve aberto para conversar. Inclusive, a presidente petista criticou os ataques que o pedetista sofreu na Avenida Paulista.
Ciro não vai diminuir o tom totalmente. Ele seguirá deixando claro que há desavenças com o PT e o ex-presidente Lula. Só que seus ataques serão direcionados ao Bolsonaro. Seu foco é o impeachment.