Nesta terça-feira (8), civis da cidade de Sumy, no nordeste da Ucrânia, e da cidade de Irpin, perto da capital Kiev, começaram a ser evacuados. A decisão veio depois de, nesta manhã, ser anunciada a abertura de vários corredores humanitários para permitir que civis saíssem de algumas cidades sitiadas pelas forças russas.
De acordo com a vice-primeira-ministra ucraniana, deverão começar a sair de Sumy os primeiros autocarros com civis. As autoridades ucranianas informaram também que mais de 600 mil residentes já foram retirados de Kharkiv. A Rússia diz estar cumprindo o cessar-fogo.
Os residentes da cidade de Irpin continuam a tentar abandonar a cidade, depois da ponte ter sido destruída em explosão. Segundo a agência de notícias Interfax, também foram abertas passagens passagens humanitárias em Kiev, Cherhihiv, Kharkiv e Mariupol.
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Civis encurralados na Ucrânia
Desde 24 de fevereiro, quando a Rússia invadiu a Ucrânia, os civis estão encurralados pelos combates. Conforme a agência de refugiados da ONU, a ACNUR, 2 milhões de pessoas já conseguiram escapar, no que as Nações Unidas descreveram como a crise de refugiados que mais cresce desde a Segunda Guerra Mundial. A grande maioria dos que correm para a segurança é de mulheres e crianças.
“Já começamos a evacuação de civis de Sumy para Poltava (no centro da Ucrânia), incluindo estudantes estrangeiros”, disse o Ministério das Relações Exteriores, no Twitter. “Pedimos à Rússia que concorde com outros corredores humanitários na Ucrânia”.
Para o chefe do ACNUR, Filippo Grandi, espera-se uma onda ainda mais vulnerável de migrantes nos próximos dias. “Essa será uma situação mais complexa de gerenciar para os países europeus daqui para frente, e será necessário haver ainda mais solidariedade de todos na Europa e além”, disse ele.